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Contributo para uma política de ciência nos Açores - Relatório
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13-06-2014
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Considerando o valor estratégico a médio prazo do documento Contributo para uma Política de Ciência nos Açores onde estão retratados as orientações e políticas para a ciência nos Açores evidencio que o documento encerra lacunas, algumas graves, para o futuro da ciência nos Açores.
Do documento ressalta a ausência de referências às ciências geológicas, geofísica da terra e da atmosfera. Esta ausência torna-se mais aguda, quando o arquipélago dos Açores está localizado numa zona geodinâmica muito activa - junção tripla dos Açores. Este contexto geodinâmico contribui para a elevada sismicidade e vulcanicidade do Arquipélago. Recordo que, desde o descobrimentos dos Açores, Séc. XIV, ocorreram 26 erupções vulcânicas e cerca de 33 sismos com intensidade ≥ VII dos quais resultaram 6 000 mortos. Perante este cenário, torna-se evidente a gravidade da ausência de referências às ciências da terra, nomeadamente das ciências geofísicas que estudam a génese dos processos físicos que conduzem à geração dos fenómenos sísmicos e vulcânicos.
O facto do documento estratégico, em questão, omitir inequivocamente os perigos naturais como os sismos, os tsunamis e os vulcânicos sugere que estes perigos não existem e como tal não fazem parte da política científica ciência nos Açores. Importa corrigir esta lacuna no documento que considera como riscos naturais as alterações climáticas.
Outro ponto que merece ser revisto, a bem da produtividade científica, prende-se com o modelo pretendido para o apoio à participação em reuniões científicas. Uma vez que o documento em vez de gerar regras mais cria uma rede que limita a participação do investigador, nomeadamente no apoio à participação em reuniões científicas. É pratica global que o apoio à participação em reuniões científicas está restringido somente à comunicação oral. Assim é na Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), na Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento (FLAD), Fundação Calouste Gulbenkian, National Science Fundation (USA). Creio que os exemplos são mais do que suficientes para mostrar que não se deve abandonar a prática corrente.
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